quarta-feira, 21 de abril de 2010

Louca pra dar

Autoria: Luana Pussy

Dias de verão me excitam tanto! Adoro sentir a brisa quente subindo pelas pernas no fim da tarde, quando o céu está mudando de cor, principalmente quando estou sem calcinha. Aquele sopro de ar, numa temperatura indefinida, fruto de um dia luxuriosamente quente, em que você fica ruminando o tesão, olhando pras paredes solitárias do quarto e se masturbando com a cabeça cheia de figuras estimulantes e pulsantes. Sim, o verão me excita, ou melhor, não somente o verão, mas o clima de verão, a pegada do verão, que em São Paulo, cidade louca climaticamente, pode ocorrer em qualquer estação do ano. Isso favorece muito a vida de pessoas que, como eu, compartilham destes sentimentos e sensações.
Foi num dia desses que resolvi pedir uma pizza. Ok, ok, eu sei que é o cúmulo do clichê, mas eu tive que apelar para este subterfúgio, pois me encontrava numa época estranha, mais solitária, e portanto, me pareceu a bocada mais certeira.
Como eu conheço homem, o bicho tonto que é, tinha certeza desde o início de que tudo se sairia bem, que eu certamente daria pra algum entregador ou coisa que o valha. Homem não recusa buça tão facilmente, isso é um grande ponto a favor das mulheres. Mulher pode recusar o cara que for, homem não recusa mulher, principalmente se for de bonitinha pra cima, não, não recusa, já treme na base só de pensar que sua masculinidade pode ser questionada. Trouxas as mulheres que acham que uma aliança no dedo salva alguma coisa. Hahahahahahaha. Ah sim, salva, salva o meu gozo, salva meu ponto G quando ele enfia aquele dedo (que pode ou não estar com aliança) lá fundo, procurando.
Ai ai... C’est la vie! C’est la vie et je l’adore!!!
Pois é, liguei na tal pizzaria e pedi meio-a-meio, calabresa x bacalhau. Achei a combinação fantástica!! Devo admitir que neste dia eu estava inspirada, estava fatal, não ia desperdiçar um tiro sequer. Não, não... tudo calculado.
Enquanto esperava a entrega ainda pude tomar um banhinho e me estimular um pouco previamente, já que encontros assim, pra meter, dificilmente o cara olha pro seu clitóris, porque ele se sente o rei dos pilões de café, e soca até a mãe!
Aproveitei, passei uns cremes hidratantes pra amaciar mais a pele, escovei os dentes (lógico!!!! Mau hálito ninguém merece, nem entregador de pizza!!), passei um batonzinho, um blush e pus uma calcinha bem atrevida, transparentezinha, provocantezinha, que mais mostra a buça do que tampa, mas que, enfim, ainda é um acessório. Por cima joguei maliciosamente uma camisolinha safada, de pouco pano, que não pudesse ser excesso de informação.
A campainha tocou e fui atender. Mulher quando quer dar tem que ser certeira, mais certeira que a metida da rola. Não pode hesitar, não pode vacilar. Abri o portão com a cara mais deslavada do mundo, os cabelos voluptuosos caindo entre a frente e a parte de trás dos ombros, um olhar assertivo, e uma voz docequentemente empregada.
Olhei para ele e confesso que senti até um pouco de pena. Não era tão novinho, devia ter uns 26 ou 27 anos, mas se via que nunca tinha encontrado uma mulher como eu em sua frente. Ele não conseguia falar. Olhava pra mim com uma cara de boçal, era impressionante. Ainda fiz questão de repetir umas duas ou três vezes se a pizza estava certa, e quanto havia dado. Ele não respondia, apenas me olhava. Foi um momento até poético, o mundo pareceu ter parado só para nós dois. O meu portão aberto, a luz do holofote sobre nós, a moto dele escorada na calçada, eu ali, de camisola e ele estupefato.
Apreciei o momento, e já calculei a ação vindoura, seria certeira. Perguntei se ele havia trazido a máquina dos cartões, que eu solicitara na ligação telefônica. Ele apenas consentiu com a cabeça. Eu disse que me acompanhasse, pois os cartões estavam em casa. Ao passarmos pelo portão, voltei e o fechei. Passamos pelo gramado e entramos na sala pela porta de entrada, ele estava mudo, quase tonto, mas é óbvio que sabia o que estava prestes a acontecer a ainda se questionava quanto à própria sorte de viver aquilo.
Entrei, coloquei a pizza sobre um balcão, peguei o cartão que estava ao lado, e me virei. Ele ainda estava na porta. Vi que havia um voluminho na sua calça, mas fingi que não vira. Me aproximei, parei em sua frente, peguei em sua mão, que trazia a máquina, elevei-a e passei o cartão, digitei o valor, fiz tudo. Tirei o primeiro recibinho, segurei com os lábios enquanto saía a via do cliente. Olhava insistentemente em seus olhos, e ele continuava boquiaberto com tudo. Acho que ele achava que eu ia fazer tudo aquilo e pronto, ele iria embora de novo. Percebi que ele desconfiou disso e por um minuto se sentiu um idiota de pensar que poderia me comer. Fiquei parada, e fiz menção de reacompanhá-lo à porta da rua. Ele foi na minha frente. Ao chegar no portão, o rapaz se virou e viu que eu havia ficado na porta. Levou um susto ao ver que eu estava só de calcinha. Ficou estagnado, então decidi ir até ele, na mudez da existência, na mudez da hora em que não existem palavras, na mudez do porvir.
Me aproximei, agachei na sua frente e tirei seu pau duraço para fora. Fiz questão de descer um belo boquete para ele ter a certeza de o quanto aquele momento era único em sua vida e o quão sortudo era por passar por experimetná-lo e o quanto deveria agradecer por isso. Depois de uns cinco minutos, percebendo o esforço que ele fazia para conter o gozo, me levantei, virei de costas pra ele, e rocei minha bunda naquele pau que pulsava pra fora da calça, em riste. Rocei as costas inteiras nele, enquanto rebolava e então ele me pegou forte, segurou minha cintura e me bolinou deliciosamente.
Não contendo o tesão, explodimos na grama ali mesmo. Me senti uma vaca no cio dando pro melhor touro do pasto. Rolamos na grama, à luz do luar e da luz de fora da minha casa, com aquele vento gostoso que alivia o calor da noite quente soprando nossos suores.
Ele então me botou de quatro e me fodeu deliciosamente, primeiro pelo cu, depois pela buceta. Bombou deliciosamente. Tinha uma rola ótima, não tão grande, mas reta, de uma grossura adequada, deliciosa!
O barulho de nossas ancas batendo me estimulava cada vez mais e gozei estapafurdiamente, como uma doente mental que não tem medo de se masturbar na frente da família, e sabe o valor do grito na expressão da vida.
Caí mole na grama na frente dele e o olhei. Ele também tinha gozado. Sorrimos um para o outro. Levantei, levei-o até o banheiro e ofereci com as mãos uma toalha. Ele entendeu, tomou uma chuveirada, saiu do banheiro, me deu outro sorriso e foi embora. Abri a porta, disse adeus com outro olhar.
Voltei pra dentro realizada, e o melhor de tudo foi o nosso silêncio, nosso pacto de sexo que não foi quebrado em nenhum momento por palavras de qualquer espécie. Quem teve a palavra foi o corpo, foi a natureza, foi a vida.