sexta-feira, 16 de julho de 2010

O Sabor da Foda

Hmmm, acho que estou um pouco sentimental. Na verdade, ando bastante aturdida pela dinâmica da Vida. O dia-a-dia é tão agitado e tão apressado que nos engole como uma bucetona beiçuda suga um pintinho desprivilegiado de um pouco-dotado...
Nos últimos tempos tenho acessado menos este blog, pois não tenho tido muitas condições de transpor as minhas experiências para o ambiente da palavra. Tenho tentado entender a minha própria visão sobre o sexo. É interessante pensar que a sua visão sobre o sexo muda ao longo do tempo, não?
Longe de mim dizer que virei puritana, absolutamente não! Não se trata disso! Continuo adorando o sexo, e gostando mais ainda do sexo de verdade. Me cansei da oferta fácil e abundante. Já trepei muito, já passei da adolescência faz tempo, então já não sou mais uma ninfeta apressada e inconseqüente por rolas e gozos furtivos. É uma delícia aproveitar a putaria enquanto se tem vontade! Recomendíssimo esta proeza: quem tem vontade de fazer suruba, trepar um dia com um (a), outro dia com outro(a), no singular e plural, que trepe! Não perca tempo e nem oportunidade, afinal de contas, o tempo passa e o corpo cai, inexoravelmente.
Tenho a minha consciência tranqüila de saber que trepei com quantas pessoas eu quis, ao mesmo tempo ou não, e matei minhas curiosidades sexuais. Claro, há sempre fantasias a serem cumpridas, mas o importante é que não tenho mais fantasmas de arrependimentos por não ter experimentado o que eu tinha vontade de fazer.
Atualmente me volto mais para a exploração do sexo a dois. De todas as minhas trepadas, as mais gostosas e gratificantes foram, inegavelmente, as feitas a dois. Quando se está somente com uma pessoa, sua atenção é toda voltada para ela e vice-versa, então a interação é muito maior (questão de logística e matemática, inclusive, no caso de convencer os incrédulos).
Eu estou a fim de um novo toque de pele, acho que quero me apaixonar de novo. Faz tempo que não dou uma trepada apaixonada, faz tempo... É outro sabor. Acho que sexo é sempre sexo, não acredito em “fazer amor”. Amor é Amor, é um sentimento, um grande sentimento, e sexo é sexo. Existe fazer sexo com pessoas que você ama, que você gosta e com pessoas por quem você apenas sente tesão (ou não, depende, tem muita gente que trepa sem nem tesão ter...). Bom, mas o que interessa perceber é que, independente do que você sente pela pessoa, sexo vai ser sexo e ponto. Você pode achar tudo mais gostoso etc, por gostar ou amar a pessoa, mas o ato físico é sexo, não é amor.
Pois bem, eu estou a fim de fazer um sexo com alguém que seja quentinho comigo, que balance minhas emoções. Isso dá um tempero delicioso. É muito bom trepar quando estamos apaixonados (com a pessoa desejada, óbvio!!!).
Quero aquele beijo entrelaçado, apertado, quente de balançar o corpo inteiro e deixar as pernas bambas. Aquele calor que passa do outro pra você e que te acende os hormônios do tesão e te faz ganhar uma excitação lunar. Quero o sufoco desesperado para tirar as roupas que ainda impedem o coito. Quero a língua morna que escorre pelo corpo inteiro como um pincel sagrado que pinta o céu de azul. Hmmm, é incrível receber lambidas calorosas em sua pele e sentir os seus pêlos se eriçando de desejo!
Beijos, lambidas, chupadas e mordidas retribuídas! Quero mordidinhas na minha bunda, sucções que deixam um vácuo alucinante na pele. A língua quente que entra pelas minhas virilhas e meus cantos mais escondidos. O prazer que sobe com o toque delicado da boca do outro em você. Quero sentir cada pedacinho da minha buça dentro da sua boca, cada um dos beicinhos lhe passando pela língua, lábios e dentes. Quero agachar na frente do tesudo pau ereto, que aguarda impaciente a minha chupada. E como quero chupá-lo bem, dando a cada parte dele a atenção devida, sentindo aquela carne dura na medida certa invadindo a minha boca e se deleitando aos cuidados dos meus lábios, língua e garganta. Como é bom chupar um pau, o pau do cara que mexe com você. Ganha um sabor indescritível.
Quero roçar muito antes de meter, roçar, roçar, sentir as pernas se esfregando e o cacete duro que me cutuca em várias partes do meu corpo. Quero o peitoral dele espremendo sabiamente as minhas tetas, e a felação da sua boca que as adora. Nada como um bom trabalho de línga nas suas tetas, não precisa nem de espanhola, basta perícia oral.
Quero a pica me invadindo como um hóspede querido e aguardado, quero o balanço do samba para guiar as reboladas do meu quadril no mastro delicioso e em riste, pulsando dentro de mim.
Quero o bate estaca com o bate quadril, como duas bestas perdidas e entregues ao tesão. Que atrito delicioso e desconcertante. Quero a liberdade das doentes mentais que nunca tiveram pudor de gozar e que descobriram seu sexo sem o peso criminoso dos tabus!
Quero a força da minha garganta para gozar e gritar, urrar como uma leoa liberta na selva pela primeira vez! Quero receber entre as minhas pernas as cores em ebulição do arco íris selvagem do orgasmo. Quero gozar olhando dentro dos teus olhos enquanto eu sei que aquele momento é só nosso. Quero a intimidade da não consciência dos animais. Quero receber o seu gozo junto com o meu, como o mar embaixo de um vulcão em erupção. E depois, esgotados pela força da própria vida, nos apertarmos num abraço fundido e desfalecermos esgotados numa cama macia.