sexta-feira, 15 de maio de 2009

Boceta Cadente

Olá meus punheteiros intelectuais!!
Bom, preferi criar um preâmbulo para este conto, pois imagino que ele possa despertar alguns sentimentos não muito favoráveis ou até mesmo de assombro. Nestes casos, digo de antemão que o blog é um espaço destinado ao puro e pleno regozijo do prazer sexual. Aqui, as mais diversas manifestações na cama (ou não) têm seu lugar de exposição. Sendo assim, prossigo com este relato muito excepcional.

Como já havia comentado no texto anterior, eu me lembrei da Beiça e me deu saudades. Por isso, resolvi trazer para cá a experiência desta mulher tão incrível.
Eu nasci e cresci numa cidade do interior de São Paulo, que não vem ao caso citar. Quem cresce no interior sabe que tudo é muito livre, apesar do conservadorismo das pessoas e da mania e prazer de falar da vida alheia. Aliás, eu acho que muitas das velhas ociosas e fofoqueiras devem ser frustradas no sexo e em seus relacionamentos, então arrumam outra maneira de gozar: falar dos outros e se meter na vida do vizinho!!
Mas, apesar destes problemas de percurso, sabemos que existem os espertinhos anywhere you go. No interior sempre há um terreno baldio ou um pasto ou mesmo várias moitas e muros escuros para coitos apressados (ou não heheheh).

Isso já faz um certo tempo. Eu morava lá, o bairro era tranqüilo, brincava muito com as crianças na rua. A puberdade veio chegando e nós fomos nos interessando pelos atos mais proibidinhos, digamos assim. Claro que os meninos sempre são mais pervertidos que as meninas e eles sempre podem fazer as coisas e não serem penalizados, enquanto nós, mulheres, não podemos experimentar e viver nossa sexualidade sem culpas... Que pena!!
Bem, poder pode, basta ter atitude para isso. E, em termos de atitude, a Beiça era mestra. Ela já tinha uns 18 ou 19 anos quando eu era meninota. Na realidade, eu não sei muito bem se atitude é uma palavra bem colocada neste caso. A Beiça era, digamos, uma Forrest Gump fêmea. Todo mundo sempre soube disso. Eu tinha certa pena dela, pois sua família era totalmente desestruturada. Ela morava com os pais na casa da avó paterna, que ficava a duas casas à direita da minha. A situação sempre fora complicadíssima: a mãe sofreu a vida inteira na mão da sogra, ouvia-se constantemente uma gritaria vinda de lá. O pai foi alcoólatra, infernizou a vida da casa, até morrer de cirrose. Mas, até morrer, gastava todo o dinheiro, não tomava banho, vivia em frangalhos. A casa parecia cair aos pedaços. Uma imundice, fedia a cachorro molhado, pois não tinham condições de cuidar dos animais. A velha, Dona Ernestina judiava da nora, Dona Izildinha. Costumava culpá-la pela desgraça do marido. Só que, como o tempo é o Grande Senhor do Destino, Dona Ernestina foi assolada pelo Mal de Alzheimer e ficou completamente dependente da nora que tanto maltratou. A coitada da Beiça sobrou nesta história toda. Nunca teve atenções plenas da mãe, vivia suja, cheia de terra, os pés pretos, pois andava descalça. Suas roupas esgarçadas, manchadas, comumente rasgadas e puídas. Costumava usar vestidos, geralmente curtos, ao estilo de A Turma da Mônica. E quando sentava, muita vez era a calcinha que encostava no chão. Conclusão: andava toda mulamba. O cabelo era cacheado, escuro e curto (como o de quase toda menina excepcional. Vocês já repararam nisso? As mães de meninas excepcionais, para não ter trabalho, e “sabendo” que elas não têm vaidade, cortam-lhes os cabelos estilo Joãozinho). O corpo era levemente cheinho, a pele moreno jambo, mãos e pés parrudos. Aliás, era toda um tanto parrudinha. A cara arredondada, bochechas pronunciadas, uma bocona e uns dentes meio separadinhos na frente. Fedia cecê.

Passando as descrições, posso falar mais da vida propriamente dita agora. A Beiça era super enturmada com o pessoal, as pessoas gostavam dela. Brincava com crianças e adolescentes de todas as idades. Muitas senhoras viviam pedindo para ela ir buscar coisas na venda, a troco de parcas moedas, que comumente não passavam de promessas vazias e exploratórias.
Mas o grande talento da Beiça era ser biscate. Ela sabia ser biscate. Bem, pelo menos dela, ninguém saía falando com maldade. Claro, a velharada toda falava boatos sobre a Beiça, porém sem o teor pejorativo com que caíam sobre a vida das outras garotas. Puro preconceito, só porque ela era excepcional, ninguém a levava a sério. Ela podia mesmo dar a torto e a direito que ninguém se importava...
Quando a minha turminha começou com as primeiras ficadas e putariazinhas, lá estava Beiça no meio. Logo saquei que muitos meninos queriam tentar comê-la. Eles falavam uns pros outros que era foda garantida, que a Beiça sempre liberava. E eles realmente a comiam, pois pegar as meninas “comuns” se mostrava muito mais difícil. Todos os garotos que eu conhecia comeram a Beiça, ou melhor, foram comidos por ela. Coisa que ela sabia muito bem era engolir pau. Chupava muito e famintamente as rolas dos garotos, e eles piravam. Eu ouvia essas histórias todos os dias. Cada hora era um que vinha se gabando da última chupada.
A frase clássica que se ouvia era: “Beiça, deixa eu ver as beiças?” E ela dava uma puxada na calcinha pelo canto e revelava a xaninha.
À medida que iam crescendo e ficando mais viris, eles não se contentavam mais com uma gulosa, queriam mesmo meter. E o bom da Beiça era que ela dava o cu também, coisa difícil de garota jovem dar (pelo menos não abertamente). Muita gente enrabou a Beiça, e diziam que ela gemia feito uma ursa quando lhe traçavam o rabão.
Eu achava curiosíssimo ver a garotada punheteira seguindo a Beiça e algum pretendente à foda quando iam para o matinho. Parecia já o bando de hienas que fica à espreita quando o leão caça uma zebra. Eu me divertia vendo a molecada batendo punheta enquanto um garoto mais velho e popular metia com a Beiça. Vi tanta coisa. Ela era muito versátil, dava de todas as posições possíveis, o que acalentava mais ainda a garotada. Aquele bucetão quente e faminto, a engolir rolas num vai-e-vem frenético, lambuzado e estalante. Nem camisinha costumavam usar. Perigoso, não?? Hoje eu vejo como corriam riscos!!! Eu sei que eu lembrava daqueles bate-quadris e barrigas e etc. Uma vez vi dois meninos comendo ela. Um pelo cu, outro pela bucetona e depois os dois na xota. Até DP a filha-da-puta fazia.
Meu carisma por ela só fazia crescer. Porra, uma mulher que dá de tantas maneiras assim, pra tantos caras, praticamente no meio da rua, sem local definido, e a qualquer hora. Fantástica! Fantástica!! O melhor de tudo era ainda que ela estava imune às proibições sociais. Essa sabia viver.
Na verdade, eu fico um pouco triste, pois ela não sofria preconceito exatamente por já sofrer um preconceito. Não contente em ser mulher, era excepcional: dois motivos imensos para não trepar, não é mesmo, Sociedade Hipócrita?????

Bem, eu sempre ouvi falar que meninos excepcionais têm um lado sexual fortemente aflorado. Assim sendo, achei justo trazer o relato sobre minha querida colega de infância, mulher, sexualmente livre e feliz! Quantas vidas e rolas ela não adoçou com seu mel?
Polêmica? Não! Prefiro chamar de realidade.
Autoria: Luana Pussy

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